quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Desmatamento.



COP-19 / Brasil sofre pressão por desmatamento e Pré-Sal

       Rio de Janeiro – A divulgação de números que indicam o recrudescimento do desmatamento na Amazônia após quatro anos consecutivos de queda e a expectativa gerada pelo inevitável aumento das emissões de gases de efeito estufa com o início da produção de petróleo e gás no Pré-Sal já a partir do ano que vem puseram o Brasil no centro das atenções da décima nona edição da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-19), encerrada em 23 de Novembro de 2013 na Varsóvia, na Polônia. A conferência foi marcada pelo debate sobre a influência da exploração, produção e queima de combustíveis fósseis no agravamento do aquecimento global e logrou tímidos avanços nas negociações que, segundo o cronograma estabelecido pela ONU na Plataforma de Durban, devem desembocar em um acordo global e com metas obrigatórias de redução das emissões para todos os países a ser concluído em 2015 e adotado a partir de 2020.

      Em uma discussão ainda bloqueada pelas divergências entre países ricos e países em desenvolvimento, o Brasil é protagonista das negociações climáticas há quatro anos, desde que, durante a COP-15 realizada em Copenhague, na Dinamarca, se comprometeu a reduzir voluntariamente até 2020 seus índices de emissão entre 36,1% e 38,9% em relação a 2005. Em junho, o governo brasileiro anunciou já ter atingido 62% da meta assumida, o que aumentou seu prestígio frente aos interlocutores na ONU. Mas, a confirmação, às vésperas da COP-19, do aumento de 28% no desmatamento da Amazônia no período entre agosto de 2012 e julho de 2013 e as expectativas negativas, do ponto de vista do aumento das emissões, em relação à produção no Pré-Sal colocaram o governo brasileiro na berlinda durante a conferência realizada na capital polonesa.

       Em relação à perda de florestas, o governo brasileiro lembrou na COP-15 que os 5.843 quilômetros quadrados desmatados no último período analisado, embora representem uma área devastada maior do que a registrada no período imediatamente anterior (4.571 km²), significam o segundo menor nível de desmatamento desde 1988. O pico do desmatamento da Amazônia aconteceu em 2004, quando foram derrubados 27.772 km² de floresta, mas, desde 2009, a área desmatada a cada ano é inferior a 8 mil km².



Att: Deyvisson Ramon, Guilherme Francisco, José Weverton, José Willakes, Nelson Henrique.